60.º aniversário da aprovação da Declaração Universal dos Direitos Humanos

>> 20080528


Um abismo separa as promessas de ontem e as realidades de hoje


Em 1948, foi dito na Declaração Universal dos Direitos Humanos que todos os seres humanos têm o direito à vida, à liberdade e à segurança. O ano passado, porém, 1252 pessoas foram executadas pelos seus próprios governos, em 24 países. Ainda há pessoas torturadas em 81 países e julgamentos injustos em mais de 50.

"No 60.º aniversário da aprovação da Declaração Universal dos Direitos Humanos pelas Nações Unidas ainda há pessoas torturadas em pelo menos 81 países e julgamentos injustos em mais de meia centena, segundo o relatório de 2008 da Amnistia Internacional (AI), hoje divulgado na sede da organização em Londres.

"As zonas mais críticas para os direitos humanos, como o Darfur (no Sudão), o Zimbabwe, Gaza, o Iraque e a Birmânia, exigem uma acção imediata", afirmou a propósito a secretária-geral da AI, Irene Khan, segundo a qual os dirigentes mundiais deveriam pedir desculpa por "seis décadas de fracassos em matéria de direitos humanos".

Em 77 países as pessoas são proibidas de se expressar livremente e no Egipto, por exemplo, cerca de 18 mil pessoas estão detidas em prisões sem terem sido acusadas ou julgadas, nota ainda o relatório."Injustiça, desigualdade e impunidade são as marcas do mundo de hoje", sintetizou Irene Khan, natural do Bangladesh, segundo a qual "a China deve cumprir as promessas que fez a propósito dos Jogos Olímpicos, acabando com a reeducação pelo trabalho".

E acrescenta que Pequim só terá a ganhar se ajudar a garantir a estabilidade no Zimbabwe, na Coreia do Norte, na Birmânia e na província sudanesa do Darfur, pela influência que goza junto destes regimes, e onde a sua acção é olhada com muitas críticas pelos ocidentais.

A AI recomenda ainda aos Estados Unidos que encerrem o campo de detenção de Guantánamo, na ilha de Cuba, bem como outros que permanecem secretos, se "quiserem ter a autoridade moral de um campeão dos direitos humanos

No entender da secretária-geral da AI, "a Rússia deve mostrar maior tolerância com as divergências políticas" e a União Europeia deve investigar a cumplicidade de alguns dos seus membros com as transferências extrajudiciais de suspeitos de terrorismo. Irene Khan vai mais longe, ao afirmar que "a inércia dos líderes mundiais tem elevados custos", como se tem visto no Iraque, no Afeganistão e na Birmânia.

Ao falar caso a caso de uma centena e meia de países, a AI - que reúne 2,2 milhões de associados - afirma que os defensores dos direitos humanos enfrentaram o ano passado em Angola actos de intimidação crescentes, bem como ameaças, num clima de limitação da liberdade de expressão, tendo dito que a polícia procedeu a detenções arbitrárias, bem como a torturas e outros maus tratos que chegaram a levar à morte.

No que à Guiné-Bissau diz respeito, nota-se que as difíceis condições económicas e o tráfico de droga ameaçaram a estabilidade, com perseguições a jornalistas e a defensores dos direitos humanos, enquanto crianças eram traficadas para o Senegal a fim de lá trabalharem nos campos de algodão ou andarem a pedir nas ruas de Dacar.

De Moçambique afirma-se que houve um aumento dos suspeitos de crime ilegalmente mortos pela polícia, a qual também teria procedido a detenções arbitrárias e ao uso excessivo de força.

E de Timor-Leste observa-se que perto de 100 mil pessoas ficaram deslocadas dos seus lares devido aos incidentes de 2006 e de 2007.

No Brasil, nota o relatório, pessoas de comunidades marginalizadas continuaram a viver por entre elevados índices de violência, tanto de grupos criminosos como da polícia. Esquadrões da morte foram responsáveis por centenas de mortes.

O relatório hoje conhecido descreve um mundo "tingido pela desigualdade, apavorado pela discriminação e deturpado pela repressão política"


Mantiveram-se em Portugal as alegações de mau tratamento por parte da polícia, diz o relatório de 2008 da Amnistia Internacional, que também fala da violência contra as mulheres e do inquérito ordenado pela Procuradoria-Geral da República aos casos de possível tortura e outros maus tratos relacionados com a passagem por território português dos voos da CIA.

Uma nova lei de imigração, em vigor desde Julho, introduziu direitos legais para os migrantes que aguardam decisão sobre expulsão ou entrada em Portugal, com particular destaque para os direitos dos menores não acompanhados, refere ainda o relatório.

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ONG acusa tropas da ONU de abuso sexual de menores

A new report released today by Save the Children UK shows that children living in conflict-affected countries fear to report sexual exploitation and abuse by UN peacekeeping troops and humanitarian aid workers.
Menina de 12 anos diz ter sido estuprada por dez soldados de missão da ONU na Costa do Marfim

Download do Relatório "No One to Turn To"

SALVAR AS CRIANÇAS DOS QUE AS VÃO SALVAR
Editorial do Público
28.05.2008, José Manuel Fernandes

O relatório da organização britânica Save the Children mostra o lado mais sombrio de muitas intervenções humanitárias - ou de alguns dos chamados "trabalhadores humanitários"
Já se sabia que os soldados enviados em missões de paz cometiam abusos. Mesmo quando o faziam sob as cores das Nações Unidas.
Também já se sabia que os responsáveis das Nações Unidas poucas possibilidades tinham de punir comportamentos graves como a violência gratuita, os roubos, o contrabando ou, pior, os abusos sexuais cometidos com crianças.

As Nações Unidas são o que são os seus membros, e estes nunca lhes passaram o controlo directo sobre tropas no terreno. Os casos descobertos e denunciados eram, na melhor das hipóteses, tratados pelas hierarquias militares dos países que forneciam os soldados.
Já era menos conhecido que os pecados não moravam apenas nas camaratas de soldados enviados em missões, que por vezes não entendiam, para países distantes e estranhos, antes podiam envolver os profissionais das missões humanitárias.
Não só os que seguiam sob enquadramento directo das Nações Unidas, mas também os das chamadas "organizações não-governamentais", as ONG.

O relatório ontem divulgado por uma destas ONG, a Save the Children, para além de ter a coragem de reconhecer as suas próprias falhas, revela uma realidade muito mais dramática do que a habitualmente referida.
Lendo-o, chocam particularmente os testemunhos que recolheram de crianças que ouviram no Sudão, no Haiti ou na Costa do Marfim, testemunhos tão crus como cruéis. Testemunhos que valem, pela força da palavra que é dada a algumas das vítimas, o que muitas vezes não se retira das estatísticas.

As Nações Unidas já sabiam, ou deviam saber, que as suas missões lidavam com este tipo de problema. Basta recordar que há 15 anos, durante a missão no Camboja, entre 1992 e 1993 o número de prostitutas passou de seis mil para 25 mil, grande parte delas crianças.
Tal como deveria saber que não são apenas os soldados vindos de países pobres que cometem abusos, pois conhecem-se os casos que envolveram suecos na Eritreia.
Ou ainda que o pessoal civil qualificado se mostra por vezes tão "incivilizado" como o soldado vindo da mais remota aldeia do mundo, havendo exemplos disso em abusos cometidos por americanos e alemães na Bósnia.
Ora se o conhecimento dos antecedentes não evita a repetição agravada dos abusos, e que estes também sejam cometidos por elementos supostamente movidos pelos mais nobres ideais humanitários, cabe perguntar como foi possível e porque é que tão pouco foi feito para prevenir casos como os que relatamos nesta edição.

O "como foi possível" é quase uma não-pergunta. Soldados conscritos ou voluntários das ONG partilham as mesmas fraquezas da condição humana, e se estas levam alguns aos excessos conhecidos, a verdade é que é chegada a altura de falar com abertura e franqueza: enviados à força ou mobilizados por um ideal, são raros, raríssimos, os que participam neste tipo de missões das Nações Unidas que não retirem delas compensações financeiras.

Os militares recebem mais, as Nações Unidos também pagam mais, e é um segredo muito mal escondido o rendimento que muitas ONG retiram do seu envolvimento neste tipo de operações. Não será regra, mas é prática corrente.
E a muitos nem sequer pesa na consciência, pois estão apenas a ser melhor remunerados em nome do bem da humanidade e do sacrifício de estarem longe dos seus.

Mais: o que em muitas missões humanitárias se paga em logística e pessoal pode chegar a ultrapassar o que se entrega às populações a que se está a acorrer. Sendo esta a regra do jogo, sendo há muito sabido que o indesmentível altruísmo de muitos voluntários anda a par com o mercenarismo de outros voluntários, exigia-se que as Nações Unidas tivessem mais atenção aos riscos colocados pelas "fraquezas humanas".

E que adoptasse, pelo menos como base de partida, algumas das sugestões deste relatório da Save the Children.

"Nas guerras morre muita gente e é fácil encontrar crianças órfãs que podem ser facilmente violadas. Afinal são pobres e encaram os abusos sexuais como uma forma de sobreviver", relatou um sudanês.
E sobreviver pode ser apenas ter comida nesse dia, pelo que uma malga de arroz pode chegar para obter um favor sexual. É assim, e mesmo sendo assim só se conhece uma parte da realidade.
Sendo assim, só por ingenuidade se pode pensar no altruísmo sem mácula dos que aterram no Haiti, no Sudão ou na Costa do Marfim.

Se as Nações Unidas e os responsáveis das ONG não compreenderem estes factos elementares, então serão sempre numerosas as crianças para salvar da sua "ajuda humanitária".
http://jornal.publico.clix.pt/

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‘When the odds are against you, one New Jersey man shows us anything is possible’

>> 20080525

Just one click

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Mensagem PM RDTL para ATC - 20 Maio 2008

>> 20080524


ATConline, 20 de Maio de 2008 www.uc.pt/atc



Destaque
A vós, Académicos Timorenses de Coimbra, faço o meu apelo para que o vosso árduo esforço de formação e aprendizagem de ferramentas para prepararem o vosso futuro, seja também o futuro de Timor-Leste. A vossa formação académica é um instrumento essencial ao desenvolvimento do nosso País.


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‘Disabled kids: The next civil rights movement?’

>> 20080522


"Writing on Business Week’s Working Parents blog, Anne Newman features Dan Habib’s documentary Including Samuel. Newman is an old friend of Habib’s and also has a child with disabilities who is being fully included at school. She says inclusion has helped her child advance, but acknowledges that there are still many more difficulties to be resolved, like behavior problems and bridging the social gaps between students. Is disability a civil rights issue, she asks?

An excerpt of dialogue from the film’s preview (above):

Betsy McNamara, Samuel’s mother: Now that I’m so close to a person with a disability, I can’t believe that I was so blind to what people with disabilities in our community, in our counry, in the world, deal with every day. There was this huge civil rights issue, this huge amount of prejudice going on, and I never noticed it before.

Joe Petner, principal of the school Samuel attends: I see the work of inclusion as probably the last frontier of desegregation. If you read the brief from Brown vs. The Board of Ed (landmark U.S. desegregation case in 1954), the board of education argued that if we let blacks be integrated, that the next thing you know is that we’ll be letting people with disabilities be integrated.

Teacher in an inclusive classroom: I have cried many times about this year. I don’t know what to do. I don’t want another year like this year."

Earlier post: Including Samuel: An intimate view of full inclusion

*****
From: ‘Disabled kids: The next civil rights movement?’ May 20th, 2008 Patricia E Bauer

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21 de Maio na História do Mundo

>> 20080521


Efemérides:

1993 - O Líder da guerrilha timorense, Xanana Gusmão, é condenado a prisão perpétua por um tribunal indonésio.

1997 - O Secretário-Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, lança um apelo, em Nova Iorque (EUA) à 26 Chefes de Estado presentes e a comunidades internacional para que contribuem financeiramente na ajuda aos cerca de 100 mil militares angolanos que devem ser desmobilizados e regressar a vida civil.

2006 - Os eleitores do Montenegro aprovam a independência da república, separando-se da Sérvia. É o fim do país Sérvia e Montenegro e da última união da Iugoslávia.

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Timor-Leste e o Conselho de Direitos Humanos da ONU

Fonte: AFP (clique na imagem para ampliar)

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Boa malha, Margarida ... estás ali!

Sabias? [ver AQUI]

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Tudo começou em 30 de AGOSTO de 1999...

>> 20080519


Comemora-se hoje o VI Aniversário da Independência de Timor-Leste!

Mas, é sempre bom recordar que o grande DIA, que merece aqui ser lembrado, foi o dia do Referendo - 30 de Agosto de 1999!
Sem a coragem e determinação de tantos milhares de timorenses que, apesar das ameaças e do aparato bélico que rodeou as mesas de voto, escolheram ser INDEPENDENTES, dando ao mundo uma lição de coragem, dignidade e maturidade nunca antes vista!

Muitos esperaram horas pela abertura das urnas, ao sol impiedoso, outros calcorrearam quilómetros de caminhos indescritíveis, só para exercer o seu direito de voto, para escolher o destino da sua Nação!


Mesmo sabendo os riscos que corriam, o que lhes podia ( e pôde) acontecer a seguir, ninguém quis deixar de cumprir o seu Direito/Dever!

Os receios de retaliações por parte dos indonésios viriam a ser largamente ultrapassados, atingindo níveis nunca imaginados, e a barbárie que se seguiu ao anúncio dos resultados, tornou-se numa verdadeira onda de violência, que alastrou por todo o país, quase chegando a aniquilar tudo e todos.


Provocou o êxodo maciço do povo para as montanhas, deixando ainda um rasto de morte e destruição impossíveis de imaginar! Mas, enfim, o passo determinante estava dado e nada nem ninguém conseguiu deter a avalanche de esperança e alegria (apesar das muitas agruras ainda sofridas entre 99 e 2002) que havia de encher o recinto de Tasi Toulo naquela noite histórica e gloriosa em que a bandeira de Portugal deu lugar à bandeira do mais jovem país do mundo - TIMOR-LESTE ou TIMOR LOROSA'E - com os olhos de todo o mundo presos àquela belíssima cerimónia prenhe de significado e de emoções.

Se hoje se comemora com normalidade e solenidade o VI da Independência (ou Restauração da mesma, para os mais ortodoxos) não devemos esquecer que foi naquele inolvidável dia 30 de Agosto de 99 que o sonho começou a tornar-se realidade.



Honra e Glória ao heróico povo timorense e a todos os mártires da Luta!

Paz e Independência plena para Timor-Leste!

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VI ANIVERSÁRIO da RESTAURAÇÃO da INDEPENDÊNCIA de TIMOR-LESTE


20 de MAIO de 2008

“Com a Celebração do VI aniversário do dia 20 de Maio,

Fortalecemos a Unidade Nacional e Juntos construímos a Nação”

O Primeiro-Ministro Kay Rala Xanana Gusmão estará presente, dia 20 de Maio, no Palácio do Governo em Díli, onde irão decorer os principais actos solenes da Comemoração do sexto aniversário da Restauração da Independência, com o seguinte programa:

09h00 - Cerimónia do Içar da Bandeira Nacional

16h00 - Cerimónia Solene de Homenagem a Combatentes e Mártires da Libertação Nacional

17h00 - Cerimónia do Arrear da Bandeira Nacional

18h00 - Exibição Cultural

Às 20h00, o Chefe do Governo participará ainda na Recepção Nacional, que terá lugar no Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Dili, cujo edifício será oficialmente inaugurado na ocasião e onde se irá proceder ao Lançamento de Selos Nacionais.

O Programa Oficial da Comemoração do sexto aniversário da Restauração da Independencia prevê ainda no dia 20 de Maio, às 20h30, o Lançamento de Fogo de Artifício no Terraço da Estátua de Cristo Rei – Inur Fatu Kama.

A abertura oficial do Programa Geral de Festividades do sexto aniversário da Restauração da Independencia, decorreu na passada sexta-feira, dia 16 de Maio, com a apresentação dos atletas que participaram - e os que ainda irão participar - nas competições desportivas e culturais.

No passado fim de semana decorreram Corridas de Cavalos no Circuito de Tasi Tolu e corridas de Moto-Cross, no circuito Delta Speed.

No sábado à noite, milhares de jovens acorreram ao Estádio Municipal de Díli para assistir ao Concerto do grupo indonésio SLANK, no final do qual o Primeiro-Ministro Kay Rala Xanana Gusmão – que se deslocou ao palco para cumprimentar os músicos do grupo – afirmou que o dia 20 de Maio representa um tempo para todos os timorenses reafirmarem a paz para o futuro.

Um jogo amigável de futebol entre a Coreia do Sul e Timor-Leste (Sub 16) terá lugar no dia 21 de Maio às 16h00 no Campo da Democracia, em Díli e no dia 22 de Maio às 16h00 no Estádio Municipal realizar-se-á outro jogo de futebol, desta vez entre a Coreia do Sul e a Equipa Vencedora da Pascoa CUP.

Integrada ainda nas Cerimónias Oficiais de Comemoração do sexto Aniversário da Restauração da Independencia irá decorrer a Inauguração do Monumento do Papa João Paulo II, no dia 30 de Maio às 16h00, no Alto de Tasi Tolu – Inur Tasi Tolu.

#FIM#

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Relações Institucionais - Taur Matan Ruak / Roque Rodrigues / Mari Alkatiri

>> 20080518


Recebemos por e-mail, com pedido de publicação:

“Quanto à relação institucional entre Roque Rodrigues - Mari Alkatiri - Taur Matan Ruak/F-FDTL até o discurso do então PR Xanana Gusmão, de Março de 2006, nega e faz cair por terra todo o rol de especulações e disparates aqui escritos. Roque Rodrigues nunca deu um passo em relação às F-FDTL sem que o Brigadeiro-general Taur Matan Ruak estivesse de acordo. E Mari Alkatiri sempre respeitou essa postura.”

Factos
Que grandes Ministros!!! Roque Rodrigues nunca deu um passo sem que Alkatiri o autorizasse. Alkatiri sempre teve ambições de controlar as Falintil-FDTL.
É este o ponto fulcral do ódio que Alkatiri tem por Xanana Gusmão.
Porque Xanana Gusmão despartidarizou as Falintil no mato, contra as vontades dos extremistas como Alkatiri e Roque Rodrigues.

Por isso, forçou acrescentar Falintil às F-FDTL na Assembleia Constituinte e, sobretudo, por isso, na Lei Orgânica das F-FDTL ele forçou também o seu papel em comandar as F-FDTL em situações de crise, colocando-o igual ao Presidente da República, na sua ambição desenfreada. E, por certo, Roque Rodrigues não só concordou como, honestamente, não tinha outra alternativa, tinha que aceitar.
Não porque o BG Ruak assim o desejasse, mas porque Alkatiri assim o exigia. Deixemo-nos de fantasias sobre Roque não fazer nada sem o BG Ruak concordar.
Com certeza que em todas as pastas ministeriais de defesa ou doutras áreas, deve-se consultar, deve haver princípios pelos quais o processo de tomada de decisão se deve reger e a concordância do Estado-Maior das Forças Armadas, é sempre importante.

Não continuem com estas mentiras colonialistas. Não culpem as F-FDTL pelas asneiras politicas de Alkatiri, não culpem o BG Ruak pelas vossas asneiras, pelas vossas ambições políticas desenfreadas. Brincaram demais com o fogo e queimaram-se. Aceitem isso, honestamente!

E não culpem os doadores. Assumam a responsabilidade por nunca terem dado passos concretos para desenvolver planos para desenvolver as F-FDTL com a dignidade devida a estes extraordinários lutadores.

A CPLP já tinha dado enormes passos, na área da Defesa, que facilmente poderiam ter sido canalisados para o desenvolvimento das F-FDTL.
Portugal sempre esteve disposto a cooperar com planos concretos a nível bilateral. Angola sempre se mostrou aberta e disposta para dar todo o apoio. Mas nunca deram os passos necessários para apresentarem projectos específicos a serem apoiados.

“Roque Rodrigues nunca deu um passo em relação às F-FDTL sem que o Brigadeiro-General Taur Matan Ruak estivesse de acordo” ?! Culpar o BG Ruak de ser o responsável pelos problemas dos peticionários?! O BG Ruak nunca deu os passos necessários para os resolver e o Roque Rodrigues concordava e o Alkatiri respeitava? Que besteira!
A falta de condições de vida, da logística, de regime militar adequado, de respeito pela herarquia e tudo o mais que contribuiu para que 45 % das forças abandonarem os quartéis é então culpa do BG Ruak?!

Meninos e meninas, deixem de assacar as culpas ao BG Ruak e assumam as vossas culpas! É, antes demais, responsabilidade do Ministro da Defesa e, ainda que seja apenas hierarquicamente, é em última análise, responsabilidade do Primeiro-ministro.
Não é assim em todas as democracias? Então o Ministro da Defesa não assume responsabilidade de nada? É só ‘pau mandado’ do Estado-Maior das Forças?...

Já explicaram porque nunca deram um passo para promover, com a devida dignidade e respeito, o BG Taur Matan Ruak a CEMGFA (Chefe de Estado Maior das Forças Armadas) em todo o período do Governo Alkatiri e Minsitro da Defesa Roque Rodrgiues?

Porque sempre subestimaram esta grande homem da Resistência BG TMR?...

Só durante o Governo do Primeiro-Ministro Xanana Gusmão (que Alkaktiri diz ser inconstituiconal e só de facto) é que o BG passou a ser tratado com o devido respeito e promovido, de acordo com o que a lei exige, para CEMGFA!
Não é verdade que o Presidente da República, que é quem deve concluir esta promoção, solicitou várias vezes ao Ministro da Defesa Roque Rodrigues e ao PM Alkatiri para avançarem com a proposta do Governo para o Presidente da República nomear o BG Ruak para CEMGFA, mas o Ministro da Defesa Roque Rodrigues e o PM sempre ignoraram este pedido?

E deixaram o BG Ruak continuar sem um estatuto legal apropriado, porque o titulo de Comandante-Geral atribuído pelo regulamento da UNTAET, desde o tempo do Ministro Chefe Alkatiri, já foi ultrapassado pela nova lei de Timor-Leste independente, a Lei Orgânica das F-FDTL?
Esta lei foi útil para Alkatiri se assumir como Comandate da Forças na crise de 2006, sem o acordo do BG Ruak porque ele nem se encontrava no país na altura, mas esta lei não foi útil para o PM Alkatiri propor atribuição legal do posto de CEMGFA ao BG Taur Matan Ruak? Porquê?!
É simples. É razão ideológica, não há outra explicação. Não venham com rodeios. Estes são factos.

E o Primeiro-Ministro Alkatiri concordava com o Roque Rodrigues? Pois claro. É esta conversa: quanto menos fizeres para desenvolver as F-FDTL, Camarada, melhor é.
Eu, como PM, concordo plenamente. E o Ruak concorda também? Não sei, Camarada Secretário-Geral, mas vou fazê-lo concordar. Então já se esqueceu que sou psicólogo?!

E não tinham apoio jurídico? Até este ponto? Que vergonha! Por não poderem mexer no dinheiro do Petróleo?! Grande desculpa de irresponsaveis governantes.
E não souberam pedir a Portugal? Não souberam pedir a Angola, a Moçambique, ao Brasil, à Guiné Bissau, países amigos e irmãos com sólida amizade e solidariedade?
Porque não pediram? Porquê?

Sabemos bem: porque nunca tiveram a motivação, o genuíno respeito pelo Comando das F-FDTL, pelos guerrilheiros. Tiveram respeito em discursos e em demagogias, mas nunca no plano concreto. Os factos de cinco anos de controlo de Timor por Alkatiri e a sua ‘clique’, nesta área da Defesa, e as consequências deste desleixo em relação às Forças Armadas falam por si.

Podem dar todas as voltas que quiserem, que vão parar sempre ao mesmo ponto: são governantes irresponsáveis, por isso criaram a crise. Hoje, também e com certeza, que este Governo não dá passos sem o BG Ruak e o Estado-Maior concordarem com estes passos.
Ainda é o mesmo mas com uma diferença fundamental. A diferença é que se está a dar passos muito concretos porque existe motivação e porque existe respeito genuíno pelas Forças, porque se governa para todos e não só para a facção do próprio Partido.

Esta é a diferença!

Ass: Maria

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Viúva do poeta Borja da Costa recorda a clandestinidade e a tortura

Foto: Lenalorosae
Díli, 17 Mai (Lusa) - Para Maria Genoveva da Costa Martins, caminhar nas sombras do Jardim Borja da Costa, em Motael, Díli, é um passeio de três décadas a uma tragédia pessoal e à História de Timor-Leste.

Francisco Borja da Costa, nascido em 1946, poeta e militante independentista, era o marido de Genoveva. Foi morto no primeiro dia da invasão indonésia, a 07 de Dezembro de 1975, não longe do jardim que hoje lhe presta homenagem como mártir da luta timorense.
O relato da viúva de Borja da Costa, nascida em Ermera em 1956, é o mais recente testemunho recolhido em filme pela associação Memória Viva, fundada pela jornalista australiana Jill Jolliffe e dedicada aos ex-prisioneiros políticos timorenses.

Genoveva Martins sobreviveu à invasão mas passou duas vezes pela prisão e a tortura, em Outubro de 1979 e em Dezembro de 1991.
A viúva passeando em paz no Jardim Borja da Costa em Díli é a primeira imagem do filme.

O trabalho, apresentado e debatido na Sala de Leitura Xanana Gusmão, em Díli, foi visto à mesma hora que

Xanana Gusmão, actual primeiro-ministro, abria a reunião dos ministros da Defesa lusófonos, com um coro cantando o hino "Pátria".

Os versos do hino nacional timorense foram escritos por Borja da Costa, que também redigiu o manifesto da Fretilin (Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente) e o poema-hino do partido, "Foho Ramelau".

Os percursos do poeta, da sua mulher e do futuro guerrilheiro cruzaram-se, muitas vezes, no início do movimento independentista timorense e da convulsão política em Timor após a Revolução de 25 de Abril de 1974 em Portugal.

Genoveva Martins contou à agência Lusa que foi desde cedo militante da Fretilin, privando, pela mão de Borja da Costa, com dirigentes como Nicolau Lobato e Vicente Reis "Sahe", que também seriam mortos após a invasão.
No 07 de Dezembro de 1975, Genoveva Martins não foi apanhada com o marido porque tinha ido dias antes a Baucau (leste), em trabalho do partido.

Borja da Costa, que estava em Díli, "foi arrastado para a ponte cais e daí atiraram(-no) ao mar não sei onde. Até aqui, não sabemos, a própria família, o próprio filho não sabe o sítio onde ele foi enterrado", relata a viúva do poeta no filme hoje exibido em dupla sessão.

Nos anos da ocupação indonésia, Genoveva Martins usou a sua profissão de professora numa área rural para servir a rede clandestina da Resistência.

A primeira detenção, durante oito meses, foi a pior, contou Genoveva Martins à Lusa. Foi torturada em sessões onde, na sua expressão, a "incendiavam" com pontas de cigarro.

"Mas eu graças a Deus como tive, tenho famílias que são da Apodeti, que são defensores da integração, daí é que eu fiquei presa só durante oito meses. Salvaram-me no sentido de não continuar a ter mais violências físicas. E então fiquei detida não já dentro da prisão mas fora, durante um ano", conta a viúva de Borja da Costa no filme-testemunho.

Em Ermera (oeste), região montanhosa e de plantações de café, Genoveva Martins escondeu Xanana Gusmão em sua casa.

"Vieram dizer-me que Xanana estaria num lugar a certa hora, para eu vir buscar. Eu desconfiava que era uma armadilha dos indonésios para me fazerem dizer onde ele estava. Mandei o estafeta pedir um papelinho, uma assinatura, de Xanana. E ele mandou-me uma assinatura", contou Genoveva Martins à Lusa.
"À hora combinada, ele veio. A primeira coisa que me disse foi: `São Tomé!` Ver para crer. E fiquei com esse nome na (rede) clandestina" acrescentou Genoveva Martins.

"Nós éramos as mulheres que arrumavam o mantimento, medicamentos, roupas, continuamos a dar o nosso apoio às Falintil", conta também a viúva de Borja da Costa.

"E nós tínhamos também o plano de localizar as mulheres em sítios onde o inimigo tinha os seus postos de vigia. Daí colhíamos informações através das nossas velhas que iam para lá", recorda Genoveva Martins no seu filme.
"Faziam-se de mensageiras, colhiam as informações e chegavam até nós".
Foi com o primeiro marido que Genoveva Martins diz ter aprendido a importância da participação da mulher na luta timorense.

A professora voltou a ser presa após a captura de Xanana Gusmão pelas forças indonésias em Díli.
"Em (19)91, eles tinham os instrumentos todos. Os instrumentos de choques e electricidade aí ao pé. Mas assim como eu disse, naquela altura quando fui capturada, esses nossos familiares que continuavam a dar apoio em (19)75, eles também continuaram a dar apoio", conta Genoveva Martins sobre o "cerco" que sofreu em Ermera.

"E então houve uma pessoa amiga que é agora polícia, conseguiu meter-me no carro da Polícia e levar-me para Atambua, Kupang. E fiquei à sombra da segurança deles, até os meus familiares da integração conseguirem descobrir o sítio", no lado ocidental da ilha.

Genoveva Martins pretende que filmes com o testemunho de ex-prisioneiros políticos "sirvam para a nova geração aprender as experiências duras que passámos e a viver em paz, sem violência e sem discriminação".
O seu poema preferido de Borja da Costa não é "Pátria". Prefere "Um Minuto de Silêncio", onde o seu marido escreveu que "É tempo de silêncio/ No silêncio do tempo".

A Associação Memória Viva já registou 52 testemunhos de ex-prisioneiros em filme, 12 dos quais estão editados e cerca de 40 transcritos para português, a língua de trabalho do projecto.

© 2008 LUSA - 2008-05-17 14:15:04


UM MINUTO DE SILÊNCIO

Calai

Montes

Vales e fontes

Regatos e ribeiros

Pedras dos caminhos

E ervas do chão,

Calai



Calai

Pássaros do ar

E ondas do mar

Ventos que sopram

Nas praias que sobram

De terras de ninguém,

Calai



Calai

Canas e bambus

Árvores e "ai-rús"

Palmeiras e capim

Na verdura sem fim

Do pequeno Timor,

Calai



Calai

Calai-vos e calemo-nos

POR UM MINUTO

É tempo de silêncio

No silêncio do tempo

Ao tempo de vida

Dos que perderam a vida

Pela Pátria

Pela Nação

Pelo Povo

Pela Nossa Libertação

Calai - um minuto de silêncio...

Fonte: http://dbraga.blogspot.com/2008/03/francisco-borja-da-costa-poema.html

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'Timor Leste visto por dentro e por fora'

CONVITE
"O Nucleo de Reflexão e Debate da associação dos Académicos Timorenses de Coimbra [ATC] tem a honra de convidar V. Excelência a participar no Fórum Académico: 6º aniversário da independência: Timor Leste visto por dentro e por fora, inserido no programa da Direcção Geral da ATC para o dia 20 de Maio de 2008." (ATC-ONLINE)

Imagem: PrtSc ATC-ONLINE (clique na imagem para ampliar)

Links relacionados:

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Recuperação do Cancro da Mama

>> 20080516

Fonte: UMALULIK (Lenalorosae) apud Direcção Geral da Saúde

Consulte:
Guia de Apoio à Mulher com Cancro da Mama ( )
Guia da Mulher Submetida a Cirurgia da Mama ()

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Drama na Birmânia

Dois milhões de pessoas necessitam de ajuda http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=346287&headline=98&visual=25&tema=31

Existe a hipótese de uma segunda tempestade tropical se abater hoje sobre a Birmânia, 12 dias depois do ciclone Nargis, que deixou dois milhões de pessoas desalojadas e em risco de vida, se acaso as autoridades persistirem na sua atitude isolacionista, isolando as áreas sinistradas e dificultando a distribuição de auxílio por estrangeiros.

As Nações Unidas disseram que a catástrofe é de proporções monumentais e que só poderia ser minimizada se os socorros fossem na escala verificada aquando do tsunami de 2004 no Oceano Índico; mas a verdade é que as tropas do regime militar birmanês estão a impedir os trabalhadores humanitários estrangeiros de chegar às zonas mais necessitadas.
O almirante norte-americano Timothy Keating, comandante da armada destacada no Pacífico, esteve com um general da junta que dirige o país e chegou à conclusão de que a mesma parece ignorar a dimensão da tragédia, insistindo em que a situação "está a regressar à normalidade", apesar de muita gente temer que o pior esteja ainda para acontecer, depois dos 34.000 mortos confirmados e das largas dezenas de milhares de desaparecidos.

Chuvas e ventos de moderados a fortes são previstos para as próximas semanas, tendo a Organização Meteorológica Mundial dito que, "uma vez que a época das monções se aproxima, os períodos de chuva intensa irão tornar-se mais frequentes". E, no entender da Federação Internacional da Cruz Vermelha, isso poderá representar "o pior cenário imaginável", no caso de solos saturados levarem a inundações mais graves.

O primeiro-ministro da vizinha Tailândia, Samak Sundaravej, esteve ontem com o seu homólogo birmanês, Thein Sein, e não conseguiu convencê-lo a abrir o país a operações internacionais de socorro, nem a emitir vistos para trabalhadores humanitários, tendo Rangum insistido em que é capaz de resolver o problema sozinha, contra toda a espécie de evidências. No entender dos generais que desde há décadas dirigem a Birmânia, não há surtos epidémicos, nem fome, ao contrário do que já admitiu, inclusive, o comissário europeu para o Desenvolvimento, Louis Michel.


Situação apocalíptica

Um funcionário da ONU destacado no país, onde representa o Programa Alimentar Mundial, Chris Kaye, afirmou, segundo a BBC, que os militares ergueram mais postos de controlo, de modo a terem a certeza de que os estrangeiros não chegariam às zonas mais afectadas, de modo a tentarem verificar se milhões de pessoas estão ou não a necessitar de auxílio urgente.Tim Costello, da organização australiana Word Vission, disse à Al Jazira que centenas de milhares de sobreviventes do ciclone Nargis enfrentam uma situação "apocalíptica", com sinais evidentes de desinteria, diarreia e dengue. Para já não falar das probabilidades de cólera, malária e mordeduras de serpente.
À margem de tudo isto, os traficantes de crianças estão a lançar o seu olhar para os sobreviventes mais novos e vulneráveis da catástrofe, tendo dois deles sido detidos quando tentavam recrutar pequenos separados dos pais e possivelmente órfãos, conforme relatou Anne-Claire Dufay, da Unicef.

Perante este panorama, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, anunciou pretender uma cimeira extraordinária das Nações Unidas sobre a Birmânia e que o secretário-geral Ban Ki-moon se desloque pessoalmente às regiões sinistradas, já que a União Europeia não teve força suficiente para levar à prática a responsabilidade de a comunidade internacional intervir num Estado que está a falhar no seu dever de proteger o respectivo povo.

A ONU consagrou em 2005 esse princípio, pelo menos no papel, mas o mesmo não está agora a ser levado à prática, preferindo algumas chancelarias ocidentais pedir à China, a maior potência asiática, que convença a junta militar birmanesa a abrir sem delongas as suas fronteiras, deixando de parte os tiques próprios de um regime que se considera acossado e que revela um medo doentio de tudo quanto é estrangeiro.


Jorge Heitor*
, exclusivo Jornal Público (publico.pt) e Forum Haksesuk!

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Parece que alguém quer mesmo estragar Ataúro...

>> 20080514

Recebemos por e-mail:

"Ainda sobre a viagem de Alkatiri e Loro Horta para Ataúro…

Loro Horta defende um governo de grande inclusão e parece acreditar que tal governo irá “domesticar” e civilizar os políticos e partidos timorenses. Acha então que eles se têm portado assim tão mal, senhor Loro Horta?

Os resultados obtidos pelo actual Governo

O IV Governo Constitucional, em menos de quatro meses, preparou dois orçamentos, sendo um transitório e outro para o ano em curso. Trabalhou ainda, em conjunto com o Parlamento, para alterar o ano fiscal e financeiro (1 Julho a 30 de Junho) para o ano civil (1 de Janeiro a 31 de Dezembro). O processo de aprovação de ambos os orçamentos passou, pela primeira vez na democracia timorense, por um debate exaustivo - o orçamento transitório foi debatido durante três dias e o do ano corrente durante dez dias! Um orçamento e programa de cerca de 100 páginas, sensivelmente o dobro dos orçamentos do Governo Alkatiri, que nem chegavam a ser debatidos - os camaradas votavam, de ‘braço no ar’, e estava aprovado!

Este Governo já conseguiu mudar os ‘deslocados internos’ do Hospital Nacional Guido Valadares para o subúrbio de Becora. Deslocados estes, quase todos de Baucau e Becora, uma zona onde eclodiu a maior violência em 2006 e onde ocorreu o tiroteio das F-FDTL com o major Alfredo Reinado. Conseguiu-se efectuar reuniões com a população local, dialogar com todos, por vários dias, com a participação activa das PNTL e F-FDTL, e conseguiu-se o consenso necessário para avançar com o processo de acolhimento, deste grupo de deslocados (oriundos de Baucau), pela população de Becora. O Governo conseguiu realojar também os ‘deslocados internos’ que ocupavam o jardim Borja da Costa em Ermera, sua região de origem. Todas as semanas, saem famílias dos campos de deslocados e regressam aos seus locais de residência, já seguros de que não irão encarar problemas. Naturalmente, é um processo que leva tempo mas estamos a trabalhar com grande determinação e com resultados encorajadores.

Outra meta deste Governo, que já foi alcançada, era a concentração de todos os peticionários em Díli. Já foram realizadas reuniões com eles para reflectir em conjunto sobre as reais opções e soluções para os seus problemas. Este Governo, em total sintonia com o Parlamento e a Presidência da República, geriu as consequências do golpe de Estado de 11 de Fevereiro com uma disciplina e responsabilidade extraordinárias, evitando a ocorrência de quaisquer consequências nefastas à vida da população e do Estado.

A operação conjunta PNTL/F-FDTL não só recuperou o prestígio destas duas importantes instituições, mas também, demonstrou uma nova capacidade de intervenção, isenta de qualquer interferência política e partidária ou de qualquer ministro. Só a liderança colectiva dos dois comandos, que efectuaram um trabalho digno e difícil, com o apoio do Governo, permitiu o sucesso total da operação, tão desejado como merecido pelo povo.
E tudo isso, sem disparar uma única bala!...
Gerir, desta forma, a grave crise de um Estado de apenas seis anos de idade, não será motivo de orgulho para os timorenses e amigos de Timor, senhor Loro Horta?

Todas estas questões são, para o senhor, mesquinhas e sem interesse nacional? Poderão estas medidas ser obra de um Primeiro-Ministro que, nas suas palavras, era um indisciplinado no mato?!
Analise bem antes de escrever e deixe de ser um 'pau mandado' dos camaradas ‘alkatiris’!

Não é verdade que a sua mãe foi presa por Alkatiri, em Maputo, quando você estava quase para nascer? A sua mãe também era ‘indisciplinada’? Em que sentido?
Pense bem e analise tudo isso.

Xanana odeia o Lobato? Gente de Xanana matou familiares do Lobato e queimou as mulheres e crianças, familiares do Rogério Lobato em 2006 ???
Esta merece o prémio de “maior asneira do ano” senhor Loro Horta.
António Lobato, marido e pai da senhora e crianças queimadas, era um dos apoiantes dos peticionários. Pense lá bem, quem teria razões para o odiar naquela altura?...

A Raiz da Crise

Mari Alkatiri, durante a crise de 2006, já confessava a muitos que suspeitava do Rogério Lobato e já não confiava nele, mas não tinha coragem de o retirar de Ministro do Interior. Tentou tirar Rogério do elenco governamental, na reestruturação do seu governo, mas Rogério ameaçou Alkatiri e este foi obrigado a ceder e a mantê-lo no Governo.
Alkatiri acusou insistentemente Rogério Lobato de estar por detrás dos peticionários, sobretudo depois de Alkatiri dar ordens a Rogério Lobato para reforçar o Palácio do Governo, durante a manifestação dos peticionários, quando ainda detinha o controlo da PNTL, e Rogério não acatou a ordem. Essa atitude levou Alkatiri a suspeitar ainda mais que Rogério Lobato estaria por detrás dos peticionários e decidiu começar a dar ordens directas ao Comandante da PNTL, “passando por cima” do seu ministro Rogério Lobato.

E o jogo politico destes dois senhores, Loro Horta, não tem nada a ver com a própria Fretilin, muito menos com a Igreja, com Xanana ou outros.
Só eles dois conhecem as razões de todas estas jogadas e ‘facadas’ por trás. É luta pelo poder sim, mas dentro do próprio Partido! E aí, Alkatiri não permitiu, nem permitirá, que Rogério Lobato o ultrapasse, custe o que custar.

É, pois, esta a raiz da crise de 2006, senhor Loro Horta. Alkatiri não detém uma sólida base de apoio no Partido e sempre viu Rogério Lobato como uma grande ameaça ao seu controlo do Partido. Aproveitou a questão dos peticionários para desacreditar o seu adversário politico número um - Rogério Lobato.
Começou a “minar” a confiança das F-FDTL afirmando que Rogério controlava a polícia e que estava por detrás dos peticionários, convencendo ainda o Comando das F-FDTL a intervir no plano civil. Desacreditou todos os apoiantes ligados ao Rogério, deixando-o arcar, sozinho, com as culpas do Rai Lós.
A intervenção das F-FDTL no plano civil, foi o certificado final de incompetência para o ministro Rogério Lobato, dado por Alkatiri, com o estatuto de ‘perigoso para a nação’. Alkatiri conseguiu libertar-se, em parte, das ambições do seu adversário político. Mas não lhe bastava. Alkatiri queria consolidar o golpe à Mahatir, e pôs o seu segundo homem na prisão de Becora.

Só que Rogério Lobato vai sair um dia e, mesmo na Malásia ( é na Malásia que está agora o Rogério, operando também politicamente, acompanhando o renascer do ex-prisioneiro de Mahatir), Rogério ainda poderá desafiar o Alkatiri publicamente para o controlo do poder no Partido. É este o pesadelo de Alkatiri.

O seu azar é que, após ter posto o Rogério e Mau Soko na prisão de Becora , recuperando assim o poder no Governo, por castigo de Deus, Xanana entrou na cena política, sendo este muito mais difícil de eliminar.
Com Xanana será muito mais difícil para Alkatiri manipular o Comando das F-FDTL, porque a solidariedade da guerrilha é um fenómeno sagrado. Silencioso, mas sólido!

Senhor Loro Horta, faça a sua pesquisa académica com integridade e deixe de escrever fantasias e de ser papagaio de Alkatiri e sua clique. Alkatiri terá ainda que explicar bem ao Rogério Lobato, porque mandou prender o polícia Abílio Mausoko, homem de confiança total do Rogério Lobato, armando-lhe uma cilada.
Abílio Mausoko esteve reunido com Alkatiri, em casa dele, saiu e recebeu do sobrinho do Alkatiri um envelope. Dirigiu-se então para o Restaurante Esplanada para se encontrar com José Teixeira, o ‘pau mandado’ de Alkatiri. Entretanto, Alkatiri telefonou ao então PM e Ministro da Defesa, Ramos-Horta, exigindo que o Ministro mandasse imediatamente as Forças Australianas prenderem Mausoko no Esplanada. E as forças internacionais, obedecendo à chamada, foram lá e prenderam o Mausoko. E este nem sequer suspeitava que tinha sido o próprio Alkatiri a dar ordem para o prenderem, no Hotel Esplanada, logo depois de o mandar ir ao encontro de José Teixeira…

Diálogo é sempre necessário, em todas as circunstâncias. Mas Diálogo de Ataúro?
Só se for, entre Alkatiri e Rogério e que Alkatiri explique bem ao Rogério porque razão fez o que fez.

Faça as suas pesquisas académicas como deve ser, senhor Loro Horta, para não se deixar enredar na teia ‘alkatirista’!

Alkatiri tem medo de Rogério e de Mausoko. Por isso lhe pediu para o levar para Ataúro.
Mas, sempre é preferível Ataúro do que Santa Cruz!


P.S. Tudo isto é um assunto muito sério, verdades que o tempo se encarregará de pôr a claro. E não há aqui racismo, nem colonialismo, nem medo!"

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Honrar a nemória da Luta da Libertação!

>> 20080513


Timor-Leste distingue quinze "figuras proeminentes" da luta de libertação

O Governo de Timor-Leste distinguiu 15 "figuras proeminentes" da luta de libertação nacional, numa cerimónia presidida pelo primeiro-ministro, Xanana Gusmão, em Díli.

O anúncio-surpresa da concessão de uma pensão superior foi feito pelo primeiro-ministro na cerimónia que assinalou no arranque do processo de pagamento das pensões pelo Estado aos combatentes e mártires da luta contra a ocupação indonésia.
O Governo fixou em 750 dólares norte-americanos (cerca de 480 euros), com efeitos retroactivos a 01 de Janeiro de 2008, o valor da pensão a quinze das figuras mais importantes da resistência timorense, ou aos seus herdeiros.
A lista é encabeçada por Francisco Xavier do Amaral, fundador da Associação Social Democrática Timorense (ASDT) e da Fretilin e efémero chefe de Estado antes da invasão indonésia, em Dezembro de 1975. Francisco Xavier do Amaral receberá a pensão como "Proclamador da República e Primeiro Presidente da República".
Os nomes seguintes da lista lida hoje por Xanana Gusmão são dois dos heróis tombados da luta timorense: Nicolau Lobato, primeiro primeiro-ministro e segundo Presidente da República, e Domingos Ribeiro, chefe do Estado-Maior das Falintil.
Outros heróis da luta distinguidos na lista dos mais importantes pelo Governo são David Alex ("Dai Tula"), subchefe do Estado-Maior das Falintil, e Antonino Dias Santana (Nino "Konis" Santana), secretário da Região Fronteira e chefe do Conselho da Comissão Executiva da Luta, da Frente Armada/Frente Clandestina.

Outras quatro figuras já falecidas recordadas hoje pelo primeiro-ministro são Sebastião Maria Doutel Sarmento ("Kakoak"), primeiro comandante da Brigada de Choque Nacional, José da Costa ("Mau Hudo"), comissário político e vice-secretário do CDF, António Duarte Carvarino ("Mau Lear"), ministro da Justiça e segundo primeiro-ministro, e Vicente dos Reis ("Sahe"), ministro do Trabalho e Previdência Social e comissário político nacional.
A pensão superior distingue também José António da Costa Gomes ("Ma'Huno"), subchefe do Estado-Maior das Falintil, António Maria de Vasconcelos, nome original de Taur Matan Ruak, vice-comandante-em-chefe e depois chefe do Estado-Maior das Falintil, actual comandante das Forças Armadas timorenses, Tito da Costa, ou Lere Anan Timur, subchefe do Estado-Maior das Falintil, e Francisco Guterres "Lu Olo", secretário do Conselho Directivo da Fretilin e secretário da Frente Política Interna.
O processo de pagamento das pensões iniciou-se com a entrega formal aos administradores distritais dos editais com os nomes dos potenciais beneficiários.
O número de pensões a atribuir é de 12.538, dos quais 631 destinadas a combatentes vivos e 11.907 a combatentes tombados durante a resistência à ocupação indonésia (entre 1975 e 1999).
O valor mensal das pensões varia entre 85 e 550 dólares norte-americanos (54 e 354 euros), em função do tempo de militância e cargo ocupados na luta de libertação nacional.

Lusa/AO online

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Women sing for East Timor

>> 20080512

Imagem daqui

"Hau Abut (I am Woman) is now the fifth Australian “rock industry” compilation CD that Paul Stewart and the boys from the Dili All Stars have initiated over the past decade and a half of the Timor Leste struggle.

The theme of the latest CD, with 16 different tracks from women performers, is to assist women’s health projects — particularly ante and post-natal — as Timor now has one of the fastest growing populations in the world, but also an extraordinary high childbirth and post-natal mortality rate.

The earlier CDs raised well over $1 million because of the galaxy of well-known rock stars involved and the popularity of the Timor issue.

The Dili All Stars back some female vocalists in a tetum version of the Helen Reddy song “I Am Woman”. Then Liz Cavanagh in “Midnight Blue” presents a sultry love song that congers up hot balmy nights by the seaside. The back arrangement is punctuated by a cleverly insistent squeeze box, gentle tablas and sax. It moves at a slow but sweet pace.

Lisa Miller’s “Do Me In” moves at an even slower pace with strumming guitar and interposing piano and slide guitar licks.

Overall, this CD makes a snazzy present for most mums on Mothers Day. It also gives much needed solidarity to Timorese women." (Green Left from: Cultural Dissent, Green Left Weekly issue #749 7 May 2008.)

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'Bispo de Díli defende difusão do Português em Timor'

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Autismo e Arte-terapias

>> 20080511

Young artist with autism expresses emotion in his work

"Wil Kerner (left) builds elaborate and expressive artwork using construction paper and scissors.

What the autistic 12-year-old can’t express verbally or in social interaction he can show through his carefully cut out geometric shapes assembled into characters in a paper collage, a talent the staff at Seattle’s Harborview Medical Center calls a rare artistic gift. Large red circles become heads, delicate strips of fringed white paper become hair, and finely cut arches are shaped into eyebrows.

The art — and the artist — intrigues those who study autism. Dr. Stephen Dager, interim director of the University of Washington’s Autism Center, who has been studying brain anatomy and chemistry in autism, is mystified by Wil’s artistic talents. Autistic people generally pay little attention to eyes during social interaction, studies show, and usually are unaware of others’ emotions. Yet, Wil has the ability to mimic human emotion through his art." (From the Seattle Times: May 9th, 2008 quoted by Disability News I Patricia E Bauer, at 10:04 am)

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NÃO ESTRAGUEM ATAÚRO...



Maria disse...


'Vamos para Atauro' do Loro Horta nao e mais do que uma propaganda Alkatiri sob outro nome.

Fala de problemas que persistem e podem levar a uma nova onda de instabilidade e desuniao politica.

Mas que problemas exactamente esta a ver ou imaginar?!Que nova onda de instabilidade e desuniao politica?!Havera algum pais, na fantasia de Loro Horta, que nao tenha problemas? Que nao tenha desuniao politica? Que nao viva uma possivel instabilidade no seu dia-a-dia?!...

Loro Horta fala de sinais de tensao que comecam a surgir. Que sinais de tensao? E quando comecaram a surgir? Existe algum Pais sem sinais de tensao? Loro Horta fala da rivalidade entre Xanana Gusmao e Mari Alkatiri e a sua poderosa Fretilin, que tem de ser resolvida, se nao forem tomadas iniciativas urgentes para continuar com o dialogo entre os varios senhores da guerra.

Então e não ha rivalidades na Malasia, Indonesia, Portugal, EUA, Uniao Europeia, Singapura ou Filipinas?

Diz que Xanana fez uso do que, em Dili, ja comeca a ser visto como o seu exercito privado, a recem-criada ‘task force’, para deter certos membros da Fretilin pretensamente suspeitos de envolvimento no atentado de 11 de Fevereiro. Por aqui se ve a ‘capa’ deste propagandista de Alkatiri, nos meios de comunicacao social, para satisfazer os alkatiristas em Dili.

E quer ver Xanana e a Fretilin no mesmo governo para nao haver tendencia de um minar o outro. E quer continuar o dialogo em Atauro, para terminar com as questoes mesquinhas e pessoais.

Grande autoridade de estado timorense este Loro Horta!... Tudo indica que, para Loro Horta, tudo deveria ser como a politica de Singapura. Ou sera que o senhor Loro Horta esta a tratar os Timorenses como colonizados e incapazes de resolver os problemas do seu Pais, como os generais indonesios sempre propagandearam?

Vamos aos factos!

Os problemas politicos teem sido causados por Alkatiri desde que tomou conta do poder e do Governo. Alkatiri constantemente menosprezou os timorenses, incluindo os seus proprios camaradas do partido que nao pertençam a sua faccao.

Alkatiri criou a Fretilin Reforma, criou CPD/RDTL, criou rivalidades contra a juventude e criou problemas com a Igreja quando tentou retirar das escolas da Igreja Catolica o apoio de seis mil professores que leccionam nestas escolas catolicas, mas pagos pelo Estado. Essa foi uma das principais razoes dos 19 dias de manifestacao da Igreja contra Alkatiri, ate Alkatiri cair aos bocados, e que os media internacionais nunca entenderam.

Outro problema ,causado por Alkatiri, foi a guerra contra os jovens durante a sua governacao. Quando os jovens o criticavam, ele respondia com 'nao acordem o leao', ameacando-os com leoes, embora em Timor nao haja leoes. Ignorou sempre os meios de comunicacao social timorenses, menosprezou-os, nunca lhes concedeu apoio nenhum para o seu desenvolvimento e ameaçou-os de difamacao quando o criticavam.

Alkatiri fez guerra ao Presidente Xanana Gusmao, enquanto Chefe de Estado. Quando o Presidente vetou leis, como a Lei da Imigracao, Alkatiri veio a publico e ameacou o Presidente da Republica de que nao iria retirar nem um ponto, nem uma virgula. E disse ainda que ele nem deveria pronunciar-se porque era matéria de jurisdicao do Parlamento Nacional, nao do PM Alkatiri.

Este seu comportamento arrogante demonstrou sempre a sua falta de consideracao pelo Lu-Olo , que era Presidente do Parlamento e Presidente da Fretilin, bem como pelos seus camaradas no Parlamento Nacional. Interferia diariamente nos assuntos do Parlamento, chamava a atencao ao Lu-Olo e seus camaradas para que todos o obedecessem cegamente.

Alkatiri ate conseguiu dividir os seus proprios camaradas no Parlamento Nacional, prejudicando assim o Parlamento e Lu-Olo, que nunca mais conseguiu ter quorum suficiente para deliberar sobre legislacao de prioridade nacional. Os proprios membros da Fretilin no Parlamento, divididos e ‘beligerados’ por Alkatiri, nao compareciam na Reuniao Plenaria nem nas Comissoes, destabilizando assim o Parlamento Nacional. Nao foi por culpa da oposicao, que nem sequer tinha metade de representatividade.

Esta destabilizacao, causada por Alkatiri, so serviu para humilhar Lu-Olo e demonstrar que so Alkatiri e o seu estilo politico podiam governar Timor. E Loro Horta deixou-se convencer por esta fantasia do Alkatiri!

Alkatiri nunca criou emprego para os timorense nos seus seis anos de governacao! Mas criou condicoes para os seus familiares importarem armas, arroz, combustivel, carros, e ganharem todos os concursos publicos de Aprovisionamento. Se alguma companhia transparece com outro nome, podemos apostar que algum familiar ou pessoa chave de Alkatiri esta por dentro. Os 7.5 milhoes de dolares do ultimo orcamento do Governo Alkatiri destinavam-se a comprar arroz para a populacao.

As tantas, o monopolio do arroz ficou nas maos dos homens de Alkatiri - os que importavam armas, comecaram a importar tambem arroz.

E Alkatiri minou tambem o funcionalismo publico com quadros do partido, ate quase duplicar o numero de funcionarios de 12.500 para 23.000, pagando o excesso com bens e servicos, escondendo-os do quadro real de salarios e do Parlamento. Antes do Congresso da Fretilin em Dili, em 2006, Alkatiri ameacou que pelo menos 5.000 (cinco mil) funcionarios poderiam ter de sair, uma vez feita a avaliacao. Parecia certo, mas havia outra agenda. Quando Alkatiri forcou o voto por ‘braço no ar’, no congresso do seu partido, foi porque estava ciente de que os funcionarios publicos e os administradores (tambem funcionarios publicos) iriam ter medo de votar contra ele, correndo o risco de ficarem sem emprego.

Nova onda de instabilidade e desuniao politica?!

Nao ha nova onda! Apenas continua a velha onda de Alkatiri, causando desuniao politica entre os timorenses.

O tal acordo de 1 de Maio e a prova disso. Apos assinarem no dia 1 de Maio, como nao teve o impacto desejado, dias depois fizeram uma ‘encenacao’, assinando de novo, com a cobertura dos media.

Alkatiri tem feito uma campanha contra Gil Alves, secretario-geral da ASDT, eleito em Congresso. Conseguiu sulcar os tais coordenadores distritais da ASDT para a destabilizar e usar esta instabilidade para tentar assim destabilizar o Governo.

So que, como sempre, Alkatiri sobrestima-se e subestima a maturidade politica dos timorenses, porque continua a acreditar que so ele e que sabe de tudo e mais alguma coisa. Basta ver como Alkatiri fez a campanha para desacreditar o Presidente da Republica Ramos-Horta sobre a sua decisao 'inconstitucional' de dar posse ao Governo da AMP, uma campanha constante, para minar o bom nome do Presidente Ramos-Horta, mesmo sabendo que estava a dizer asneiras.

Os passos dados por Alkatiri e que tem sido as ondas de instabilidade, mas o Governo da AMP, o Presidente da Republica e o Parlamento Nacional tem negado a Alkatiri o resultado almejado - destabilizar o pais com o fim de provar que so ele, Alkatiri, sabe governar.

Loro Horta pergunta 'Quem em Timor-Leste tem a capacidade e competencia administrativa de Mari Alkatiri?'.

A resposta e simples: a experiencia adminsitrativa, seja qual for o significado atribuido a esta visao de Loro Horta, nao ajudou Timor a desenvolver-se antes o conduziu a beira do abismo de Estado Falhado.

O novo Governo esta a provar que existem muitos timorenses capazes que, daqui ate 2012, produzirão bons resultados para o bem-estar de todo o povo.

E este o medo do Alkatiri, porque estes timorenses podem provar o que Loro Horta nao acredita, que ha outros timorenses que sabem governar, podem governar e governar ate melhor que Alkatiri, governar com o orgulho e humildade timorenses, necessarios para unir todo o pais. Rivalidade entre Xanana e Alkatiri?

E esta a mesquinhice dos senhores de guerra?

Desde a elaboracao da Constituicao, Alkatiri sempre fez tudo para minar a possibilidade de Xanana ter poder. Sabendo que Xanana ira ser Presidente, tudo fez para a Assembleia Constituinte retirar todos os poderes ao PR. Copiou-se a Constituicao de Portugal mas eliminaram-se todas as hipoteses do Presidente de Timor ter o mesmo poder do de Portugal.

Rivalidades existem sempre, ate entre Padres e entre Bispos, ate entre Cardeais. Faz parte da vida e da natureza do ser humano.

Por isso, na politica e no poder, usam-se eleicoes democraticas e regimes democraticos para controlar estas rivalidades naturais e humanas.

Contudo, este miudo, doutor mal cozinhado, tem a ousadia de referir-se a estes homens, da idade do seu pai, como ‘senhores da guerra que promovem mesquinhices’. Que vergonha intelectual!

Mas qual exercito privado, senhor Loro Horta? A ‘Task Force’ e apenas uma copia da GNR, do seu modus operandi. Em vez de por sempre a GNR a frente, sendo sempre encarada como o ‘mau da fita’, e sem alternativas, treinam-se policias timorenses para actuarem com firmeza, dureza e obter resultados, aconselhados por peritos estrangeiros, para nao ultrapassarem os limites.

Se PNTL esta sob a alçada da UNPOL, de acordo com a resolucao do Conselho de Seguranca da ONU, como pode o PM Xanana Gusmao criar o seu exercito privado?
Mas que grande analise academica!

A ‘Task Force’ nao prendeu ninguem da Freitilin, desde o 11 de Fevereiro, excepto o famoso Teixeira que a Fretilin explorou para a sua propaganda e influenciou o Loro Horta ao generalizar a sua analise. Ate agora, a policia prendeu 24 arguidos que serao submetidos a justica, por actos relacionados com os atentados de 11 de Fevereiro, nenhum deles oficialmente quadro da Fretilin.

Dizer que em Dili se fala de um exercito privado de Xanana e não so um exagero mas tambem jornalismo barato.

Quem tentou criar o seu exercito privado foi Alkatiri, quando era PM, e criou a URP ou unidade da reserva da policia que Alkatiri e Rogerio Lobato tentaram usar contra a manifestacao da Igreja mas, como muitos se opuseram, Rogerio recuou.

Mas, ainda assim, usou-os para cercar toda a area da manifestacao da Igreja, com policias da URP todos armados, vigiando os manifestantes. Este exercito privado de Alkatiri (URP) contribuiu para aumentar a tensao entre as F-FDTL e a PNTL, porque comecaram a ter melhores armanentos e condicoes que as F-FDTL.

O analista Loro Horta deve tentar ver melhor a realidade, para alem do seu nariz, e tentar aprender mais antes de se querer projectar como um expert de Timor, se nao quiser contribuir para aumentar a confusao.

Os problemas sao provocados pelos grupos de artes marciais, incluindo o korka que e parte da faccao de Alkatiri na Fretilin. Quando a Fretilin atravessou a sua primeira crise em 2006, o CCF reuniu-se e Alkatiri ameacou Abel Larisina, Joao Alves e outros ministros seus, usando elementos do Korka. Os jovens elementos deste grupos de artes marciais foram introduzidos pela Indonesia, muitos eram parte dos ninjas que de noite atacavam membros da rede clandestina da resistencia, sao jovens bem treinados para lutar contra policias de uniforme.

'Vamos para Atauro' do Loro Horta promove Alkatiri como uma vitima que em vez de causador da crise.

Acusa Xanana Gusmao de ser irresponsavel, quando, pelo contrario, este tem demonstrado a coragem e humildade suficientes para enfrentar os problemas da Nacao que ele e os seus guerrilheiros, com o povo e a Fretilin, libertaram.

Loro Horta termina com ‘Quando o Dialogo de alto nivel que teve lugar no Hotel Timor, na presenca do corpo diplomatico acreditado em Timor-Leste, mas na ausencia de Mari Alkatiri’ - muito convenientemente, omitiu o facto de Mari Alkatiri, a meio do processo de dialogo, ter decidido ir passar ferias, com toda a sua familia, para Lisboa e Maputo, com as despesas pagas pelo Governo liderado pelo entao PM Ramos-Horta, gastando 30 mil dolares dos cofres do Estado, nestas suas ferias politicas.
A ausencia do Alkatiri nao afectou em nada o processo de Dialogo, porque todos sabem que o problema nao residia no confronto Alkatiri - Xanana mas sim na fraqueza institucional das F-FDTL e PNTL que o Governo de Alkatiri contribuiu para minar.

Loro Horta sonha com um pacto de estabilidade para as proximas eleicoes!

Parece que nasceu ontem e nao sabe nada da historia politica de Timor…

Quando se formou o primeiro governo, apos as eleicoes para a Assembleia Constituinte, o falecido Sergio V. de Mello deixou bem claro que iria ser formado um Governo de acordo com a proporcionalidade parlamentar resultante daquelas eleicoes. Todos concordaram.

Mas, uns dias antes, Alkatiri tendo acesso aos resultados, ele proprio foi contra Sergio V. de Mello, ameacando que nao iria colaborar com um governo constituido por proporcionalidade ou de grande inclusao ou unidade nacional, porque “a Fretilin ganhou dois tercos dos votos e tem o direito de governar sozinho”.

Os argumentos de Alkatiri eram de que um governo que incluisse outros partidos so iria jogar com os interesses dos partidos e nunca poderia governar bem.

Alkatiri, violou tambem o Pacto de Unidade Nacional, acordado com todos os partidos antes das eleicoes, e avancou sozinho controlando o Governo e Timor. O sonho dele tinha-se tornado realidade.

Contudo, ignorou uma realidade ainda mais importante: que os timorenses nao sao tao estupidos como ele pensa e acredita; e que irao fazer tudo para ele pagar por esta falta de honestidade politica e traicao ao Pacto da Unidade Nacional.

Senhor Loro Horta nao sabe da historia de Timor, obviamente…
Entao, mais dialogo com Alkatiri, mais acordos e pactos?

Não sera melhor, para o Povo de Timor, concentrar-se na governacao, prosseguir com o desenvolvimento nacional e preparar-se para as eleicoes em 2012?!

Quem sao os senhores da guerra, Senhor Loro Horta?

Sao os que constantemente destabilizam o pais do sandalo com propostas de eleicoes antecipadas, como o Loro Horta e Alkatiri, ou a maioria dos Timorenses que acreditam que podem ter sucesso e salvar o seu pais, com ou sem Alkatiri?S

Senhor Loro Horta, deve antes concentrar-se no dialogo entre Alkatiri e Rogerio Lobato.

Alkatiri prometeu a Rogerio Lobato que, apos as eleicoes, o Governo (vencedor) de Alkatiri e o Parlamento Alkatiri, iriam dar-lhe uma amnistia. Por isso, Rogerio Lobato deveria portar-se bem ate a amnistia e então ficar livre. Ainda antes das ultimas eleicoes, Alkatiri ainda usou o seu voto no Parlamento Nacional para fazer passar a Lei da Amnestia, mas ninguem a quis promulgar.

Alkatiri esta entre a espada e a parede. Por isso esta revoltado com o Presidente Ramos-Horta (que tambem nao quis promulgar a Lei da Amnistia de Alkatiri) e esta constantemente a tentar obter do Presidente Ramos Horta alguns rebuçados, denominados 'indultos'.

Rogerio Lobato continua a aguardar pela amnistia de Alkatiri, no hospital em Kuala Lumpur, onde foi para ser operado ao coracao. Mas, ate agora, so operou um bocado aqui, um bocado acola, tudo menos o coracao.

Alkatiri esta a correr contra o tempo e cada vez mais a sua meta se esta a distanciar dele.

Esta a tentar que o Presidente da Republica lhe salve a pele dando indulto ao Rogerio Lobato e, mais uma vez, “lixou” o Presidente Ramos-Horta, porque todos estao publicamente contra esta decisao do Presidente Ramos-Horta, por ele apresentada ao Parlamento Nacional, sem consulta previa aos Bispos e a outras entidades, ouvindo apenas Alkatiri e o seu grupo.

Alkatiri, sim, senhor Loro Horta, corre o risco de ir parar em Atauro!...


11 de Maio de 2008 7:35


VAMOS PARA O ATAÚRO - Loro Horta*

A CALMA QUE SE VIVE EM TIMOR É APARENTE E DEVE SER APROVEITADO O ACTUAL MOMENTO DE TRÉGUAS PARA SE INICIAR O DIÁLOGO
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Depois da rendição de Gastão Salsinha e do seu grupo, uma certa atmosfera de optimismo e alívio caiu sobre Timor-Leste.

Sem dúvida que o culminar pacífico das operações na sequência dos atentados de 11 Fevereiro é de saudar e pode abrir uma nova etapa na vida política timorense. Mas os problemas persistem e podem levar a uma nova onda de instabilidade e desunião política.

A calma que se vive em Timor é aparente e deve ser aproveitado o actual momento de tréguas para se iniciar um diálogo honesto. Infelizmente não há muito tempo e os sinais de tensão já começam a surgir.


A rivalidade entre Xanana Gusmão e Mari Alkatiri e a sua poderosa Fretilin continua por resolver e encontra-se neste momento numa fase dormente devido ao choque de 11 de Fevereiro. Este período de tréguas irá acabar muito rapidamente se não forem tomadas iniciativas urgentes para continuar o diálogo entre os vários senhores da guerra da ilha do sândalo.
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Não deixa de ser sintomático que Mari Alkatiri, logo após a tentativa de assassinato contra Ramos Horta, irresponsavelmente tenha dado a entender que Xanana fez uso do que em Díli já começa a ser visto como o seu exército privado, a recém-criada task force, para deter certos membros da Fretilin pretensamente suspeitos de envolvimento no atentado de 11 de Fevereiro.

O ódio pessoal que existe entre Xanana e a Fretilin continua a ser um perigo para Timor-Leste e, enquanto não for resolvido, continuará a afectar a polícia e as forças armadas.
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É imperativo que se inicie um diálogo urgente entre a Fretilin, Xanana, a Igreja Católica e as mais importantes forças políticas timorenses, como o PD, a ASDT e o PSD. Este diálogo deve ter como objectivo promover a criação de um pacto de estabilidade nacional onde certos princípios de conduta política sejam acordados por todas as partes envolvidas.

Um governo de grande inclusão devia ser seriamente considerado, pois nem a Fretilin nem Xanana têm legitimidade suficiente para governar sozinhos.

Independentemente de quem ganhe as previstas eleições antecipadas, é pouco provável que uma só força consiga sobreviver sozinha. Xanana e a Fretilin têm de estar no mesmo governo porque, estando um de fora, haverá sempre a tendência para minar o outro.

Com este objectivo, o general Taur Matan Ruak teria sugerido (1) um retiro na ilha de Ataúro de todas as personalidades influentes do país, para uma conversa franca e aberta em que tudo seja posto em cima da mesa. Muitos dos desentendimentos dos senhores da guerra de Timor são eventualmente resultado de questões pessoais e mesquinhas, que nada têm a ver com o interesse nacional.
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Porque é que Xanana odeia tanto a Fretilin? Será porque, quando estava no mato, era um indisciplinado e foi várias vezes castigado por comandantes das Falintil, que eram do Comité Central da Fretilin?

Por que é que o primeiro-ministro Xanana Gusmão tem aparentemente tanto ódio a Rogério Lobato e cria a percepção de, através dos seus associados, tentar sabotar um indulto presidencial? Xanana foi capaz de receber aquele que é tido como um grande criminoso, Hércules, no meio de grandes abraços e espalhafato, mas não é capaz de perdoar a Lobato. Será que o prestigiado nome Lobato lhe faz sombra?

A Igreja Católica, que prega o perdão, tem feito campanha contra o indulto e nada diz sobre a família de Rogério Lobato, incluindo crianças e mulheres queimadas vivas em 2006, por indivíduos ligados a facções supostamente apoiantes de Xanana, que já foram claramente identificados.

São estas e outras questões que os líderes de Timor têm de abordar de forma aberta. Chega de golpes pelas costas, vamos abrir o jogo, vamos pôr os nossos medos. complexos e dúvidas cara a cara, como fizemos durante os 24 anos de luta para libertá-lo.
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Vamos para Ataúro, onde Alkatiri poderá perguntar a Xanana o que é que ele sabe, sobre o que parecia ser um plano para raptar a família directa de Alkatiri, em plena crise de 2006.

Vamos para Ataúro, onde o general Ruak, outros veteranos da luta armada e Xanana podem deixar para trás eventuais desavenças e esclarecer desentendimentos do tempo da guerra.

Em Ataúro, os bispos podem esclarecer os seus medos e ódios à Fretilin e o seu escandaloso envolvimento em política, que contraria a sua própria doutrina de neutralidade.
Vamos para Ataúro para uma catarse nacional antes que seja tarde.
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Timor-Leste tem uma liderança com muitas qualidades. Quantos países têm alguém com o prestígio e a rede internacional de Ramos Horta? Quantos têm um líder com a capacidade de Xanana de conduzir e entender a psicologia do povo timorense? Quem em Timor-Leste tem a capacidade e competência administrativa de Mari Alkatiri?

Os bispos têm o respeito e a admiração do povo e a igreja, se o quiser, será sempre um elo forte de unidade nacional.

Unidas as forças acima mencionadas trariam estabilidade e paz a um país tão rico como é Timor-Leste.
É necessário humildade e perdão entre os timorenses. Todos cometeram erros. Vamos aceitar os nossos erros e discutir frente a frente.

Aceitemos o desafio do general Matan Ruak, um dos poucos que se têm comportado com honra nesta tragédia, e vamos para Ataúro.

Que se demore o tempo que for preciso, mas que se ponham as coisas frente a frente duma vez por todas.
Países como Portugal e a Austrália deveriam coordenar esforços para promover tal diálogo e a possível assinatura de um pacto de estabilidade nacional antes das eleições. Mas, no final, cabe aos líderes timorenses unir o seu país.
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(1) - Quando do diálogo de alto nível que teve lugar no Hotel Timor, na presença do corpo diplomático acreditado em Timor-Leste, mas na ausência de Mari Alkatiri.
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Público/*LORO HORTA - Investigador na S. Rajaratnam School of International Studies da Nanyang Technological University de Singapura.

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