Petrobras pretende estabelecer parceria com autoridades de Timor-Leste

>> 20091126

Díli, Timor-Leste, 25 Nov - A Petrobras prepara-se para marcar presença em Timor-Leste, podendo vir a ser um parceiro da futura empresa nacional de hidrocarbonetos timorense, disse terça-feira em Díli Lusa o embaixador do Brasil em Timor-Leste.

Em declarações à agência noticiosa portuguesa Lusa, o embaixador Edson Duarte Monteiro disse que a operação em Timor-Leste da Petrobras pode contribuir para impulsionar a componente económica nas relações entre os dois países, “que actualmente não existe porque não há empresas brasileiras em Timor”.

“Houve uma primeira visita a Timor da Petrobras, em Agosto do ano passado, depois da visita de Lula da Silva, o que não foi coincidência: na conversa com os responsáveis timorenses falou-se do potencial energético de Timor e do contributo que a Petrobras pode oferecer para a sua exploração”, disse à Lusa o diplomata.

“Em termos técnicos, o Brasil pode ter uma palavra a dizer nessas áreas, na medida em que já tem uma grande experiência nas áreas de aproveitamento de petróleo e gás”, disse.

O governo de Timor-Leste quer criar “um corredor” industrial para apoio e desenvolvimento da exploração do petróleo e do gás, com projectos de envergadura em três cidades: Suai, Betano e Beaco.

Na perspectiva timorense, o “Território do Norte”, na Austrália, deverá continuar a ser a grande plataforma para os campos de gás do Sul do Mar de Timor, mas a plataforma para os campos de gás do Norte dever ficar localizada na costa de Timor-Leste, mais próxima das actividades de exploração e numa área onde existem fossas de petróleo e gás com potencial para virem a ser exploradas e futuro.

Os projectos timorenses prevêem uma base de fornecimentos em Suai, um pólo de refinação e indústrias petroquímicas em Betano e uma instalação para a transformação de gás natural em Beaco.


(macauhub)

1 comentários:

Anónimo,  quinta-feira, 26 de novembro de 2009 às 17:48:00 WET  

A Petrobrás em Timor-Leste pode ser um instrumento para contrapor a pretenção da Woodside de querer levar o gás timorense para o território australiano.
Para além da competência de seus técnicos, a Petrobrás pode ajudar a criar cursos técnicos em química de petróleo além de uma faculdade de engenharia química (dentre outras) tão necessária para operar unidades de refino em terra e nas plataformas marítimas.
Este tema será central para um futuro melhor da população timorense. Oxalá tudo esteja de acordo com as intenções do governo de Timor-Leste

Alfredo
Br

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